E todo o mundo desaba
Em sorrisos de papel,
Capricho do céu que acaba
Por ser bondoso e cruel.
Cantiga de amor que soa
Na alvura da sua imagem,
Lágrimas que o céu entoa
Algodão da fresca aragem.
Então o arbusto relaxa
E também se faz cobrir
Por aquele manto que encaixa
Sobre as flores que hão-de vir.
Até o horizonte escuro
Pode ver a claridade
Dissolvendo em si o muro
Entre o sonho e a verdade.
Mas pára. Regressa e chuva,
A neve volta a ser rara
E a terra fica viúva
Da noiva que desposara.
Em sorrisos de papel,
Capricho do céu que acaba
Por ser bondoso e cruel.
Cantiga de amor que soa
Na alvura da sua imagem,
Lágrimas que o céu entoa
Algodão da fresca aragem.
Então o arbusto relaxa
E também se faz cobrir
Por aquele manto que encaixa
Sobre as flores que hão-de vir.
Até o horizonte escuro
Pode ver a claridade
Dissolvendo em si o muro
Entre o sonho e a verdade.
Mas pára. Regressa e chuva,
A neve volta a ser rara
E a terra fica viúva
Da noiva que desposara.
É também assim a vida
Cheia de flocos de nada,
Memória sempre sentida
De quando nevou na estrada.
Vai para a neve minha alma
E delicia-te nela,
Que a vida em riste ou calma
Nunca deixa de ser bela.
Cheia de flocos de nada,
Memória sempre sentida
De quando nevou na estrada.
Vai para a neve minha alma
E delicia-te nela,
Que a vida em riste ou calma
Nunca deixa de ser bela.
Vanessa Pessoa?!
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